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"Estado Islâmico não é nem Estado nem Islâmico", afirma Obama

Do UOL, em São Paulo

10/09/2014 22h21

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que o grupo jihadista EI (Estado Islâmico) não é “nem islâmico” e “nem um Estado”. “Nenhuma religião apoia a morte de inocentes”, afirmou em pronunciamento à nação na noite desta quarta-feira (10).

Segundo Obama, o grupo “era uma afiliada da Al Qaeda que se aproveitou da situação na Síria e no Iraque para dominar territórios”.

O presidente anunciou que irá enviar mais 475 conselheiros das Forças Armadas para que ajudem no treinamento das tropas iraquianas. “Não podemos fazer pelo Iraque o que o Iraque precisa fazer ele mesmo”, disse.

Obama reiterou que nenhuma tropa americana se envolverá em conflitos terrestres, mas que os ataques aéreos contra alvos do EI continuarão.

“Já conduzimos mais de 150 ataques aéreos no Iraque. Destruímos armas e matamos terroristas. Os ataques ajudaram a salvar a vida de milhares de homens, mulheres e crianças”, disse.

Armar rebeldes sírios

Obama também pediu o apoio do Congresso para armar e treinar grupos rebeldes que lutam contra o regime do ditador sírio Bashar al Assad para que enfrentem o EI. Segundo ele, os Estados Unidos não podem “contar com a ajuda de Assad para enfrentar esta ameaça”. "O ditador “tem o sangue de seu próprio povo nas mãos”, afirmou.

Ameaça aos EUA

De acordo com o presidente, "ainda não há nenhuma evidência de que o EI planeja atacar os Estados Unidos", mas que o grupo "representa uma ameaça para nossos cidadãos na região, além de ameaçar a estabilidade e a segurança de nossos aliados".

Obama também citou os dois jornalistas americanos decapitados por militantes do grupo jihadista em agosto. As imagens foram divulgadas nas redes sociais.