Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras, é condenado por corrupção
Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, foi condenado hoje a seis anos e oito meses de prisão por corrupção passiva em um processo válido pela Operação Lava Jato. A decisão é do juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Aldemir passou a favorecer o grupo Odebrecht dentro da Petrobras, após receber R$ 3 milhões da empreiteira entre junho e julho de 2015.
"As circunstâncias devem ser valoradas negativamente em razão dos altos valores correspondentes à vantagem indevida solicitada (R$ 17 milhões) e auferida (R$ 3 milhões), além de os crimes terem sido praticados após a deflagração da Operação Lavajato, em evidente menoscabo à jurisdição e à efetividade das leis", afirmou o juiz Bonat em sua decisão.
Em março de 2018, Bendine já havia sido condenado no mesmo processo a 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. No entanto, em agosto do ano seguinte, a sentença do então juiz Sergio Moro foi anulada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Para os ministros, Aldemir deveria ter sido ouvido por último, após os réus delatores.
Então, o processo foi reiniciado a partir da fase de alegações finais, na primeira instância.
Bendine ficou preso de julho de 2017 a abril de 2019. Agora, com a condenação em definitivo, ele deve cumprir prisão em regime fechado e pagar 170 dias-multa, cada um correspondendo a cinco salários mínimos da época do delito.
Segundo seu advogado Alberto Toron, a pena aplicada deveria ser anulada, considerando que "é muito menor em relação a primeira sentença do então juiz Sergio Moro".
Toron ainda afirmou que vai recorrer da condenação do crime de corrupção.
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