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Lava Jato: PF mira ex-presidente do Paraguai e cumpre 19 mandados de prisão

Horacio Cartes, ex-presidente do Paraguai - Eric Piermont/AFP
Horacio Cartes, ex-presidente do Paraguai Imagem: Eric Piermont/AFP

Pepita Ortega e Fausto Macedo

São Paulo

19/11/2019 07h51

Resumo da notícia

  • Operação investiga grupo que apoiou fuga e ocultação de bens do doleiro Dario Messer
  • Estão sendo cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e três de prisão temporária
  • Ex-presidente do Paraguai, Horácio Cartes é um dos alvos da operação chamada de Patron
  • Ação faz parte de nova fase da Operação Câmbio Desligo, desdobramento da Lava Jato
  • Até o momento existe a confimação apenas da prisão do doleiro Najun Azario Flato

A força-tarefa da Lava Jato deflagrou, na manhã de hoje, uma nova fase da Operação Câmbio Desligo, denominada Patron, para investigar grupo que deu apoio a fuga e à ocultação de bens de Dario Messer, conhecido como o "doleiro dos doleiros". O também doleiro Najun Azario Flato foi preso no âmbito da ação, que mira ainda no ex-presidente do Paraguai Horácio Cartes.

Segundo a PF, o nome da Operação, Patron, espanhol para "patrão" é o termo que Dario Messer utilizava para se referir a Cartes. O doleiro foi preso no fim de julho, em São Paulo, em uma ação coordenada da Polícia Federal e da Procuradoria da República.

Na manhã desta terça, agentes cumprem 37 mandados - 16 de prisão preventiva, três de prisão temporária e 18 de busca e apreensão. As ações são realizadas na Grande São Paulo, em Ponta Porã (MS), no Rio de Janeiro e em Armação dos Búzios (RJ). Há ainda o cumprimento de ordens na fronteira com o Paraguai.

Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Entre os investigados há residentes do Paraguai e dos Estados Unidos, entre eles o ex-presidente Cartes. Segundo a PF, eles terão seus nomes incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, por decisão judicial.

As investigações identificaram que Dario Messer ocultou cerca de US$ 20 milhões. Desse montante, mais de US$ 17 milhões teriam sido alocados em um banco nas Bahamas e o restante pulverizado no Paraguai entre doleiros, casas de câmbio, empresários, políticos e uma advogada.

A operação é realizada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita.

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