Oposição pede proteção especial a porteiro de condomínio de Bolsonaro
Partidos de oposição solicitaram que o porteiro do condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro mora no Rio de Janeiro seja incluído em um programa de proteção a testemunhas e quer acompanhar as investigações do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, ocorrido em março do ano passado.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) confirmou que apresentou o requerimento à Comissão de Trabalho da Câmara Federal solicitando a inclusão do porteiro aoPrograma Federal de Assistência e Proteção a Vítimas e Testemunhas (Provita). Mais cedo, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também anunciou que faria o requerimento via Twitter.
O pedido acontece um dia depois de o Jornal Nacional, da TV Globo, noticiar que o porteiro disse em depoimento que Élcio Queiroz, um dos acusados de envolvimento no assassinato de Marielle, entrou no condomínio alegando que iria à casa de Bolsonaro no mesmo dia do assassinato.
Queiroz, no entanto, teria ido à casa de Ronnie Lessa, outro acusado do assassinato da vereadora e que mora no mesmo condomínio de Bolsonaro. Sua entrada no condomínio teria sido autorizada por uma pessoa que o porteiro identificou como "seu Jair", de acordo com o depoimento. Registros da Câmara e imagens, no entanto, mostram que Bolsonaro estava no Congresso naquele dia.
"Nós da Rede Sustentabilidade pediremos que o porteiro do condomínio onde Jair Bolsonaro morava seja incluído em algum programa de proteção. O caso Marielle precisa ser elucidado de forma minuciosa garantindo, inclusive, a proteção das testemunhas", escreveu Randolfe na rede social.
"Iremos propor comissão especial para acompanhar as investigações do caso Marielle. Também pediremos audiência com a ministra relatora do STJ responsável pela federalização do caso e solicitaremos audiência com o PGR para pedir acompanhamento de perto das investigações", afirmou.
Partidos de oposição a Bolsonaro na Câmara dos Deputados também convocaram uma entrevista coletiva para a tarde de hoje sobre o caso Marielle.
Em transmissão ao vivo nas redes sociais na madrugada desta quarta em Riad, na Arábia Saudita, onde está em viagem oficial, Bolsonaro, bastante exaltado, atacou a TV Globo, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), a quem acusou de vazar as investigações para e emissora, e negou qualquer participação no assassinato da vereadora, que era filiada ao PSOL.
* Com informações de Eduardo Simões, da Reuters
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