Bendine, ex-presidente do BB e da Petrobras, tem pena reduzida na Lava Jato
O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, teve a pena reduzida para 7 anos e 9 meses de prisão, em processo da Lava Jato. Em março do ano passado, ele havia sido condenado por Sergio Moro, então juiz federal, a 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Acusado de receber indevidamente R$ 3 milhões da Odebrecht, Bedine havia sido preso preventivamente em julho de 2017 e foi solto em abril deste ano, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta quarta-feira, os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, decidiram manter a condenação por corrupção passiva, mas absolveram Bendine do crime de lavagem de dinheiro.
Ele também terá que pagar multa de R$ 250 mil e fica em liberdade até a conclusão do julgamento de recursos.
A denúncia
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o Grupo Odebrecht teria pagado R$ 3 milhões entre junho e julho de 2015 a Bendine, então presidente da Petrobras. Ele teria favorecido o grupo em troca.
Segundo o MPF, Bendine teria pedido o pagamento quando ocupava o cargo de presidente do Banco do Brasil, em decorrência de uma operação de crédito em favor da Odebrecht Agroindustrial, mas os dirigentes do grupo só concordaram em pagar após ele assumir o cargo de presidente da Petrobrás.
A defesa de Bendine recorreu da sentença à Corte pedindo absolvição ou diminuição de pena. Os advogados alegaram que não havia comprovação da solicitação da propina, o que deveria absolvê-lo do crime de corrupção passiva.
Sobre a decisão de hoje, o advogado Alberto Toron afirmou que não é definitiva, "pois o revisor atribuía pena ainda menor e, portanto, cabem embargos infringentes que ele moverá depois da publicação do acórdão".
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