Ex-secretário geral do PT é condenado por receber Land Rover como propina
Silvio Pereira, ex-secretário geral do Partido dos Trabalhadores (PT), foi condenado hoje a quatro anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto por corrupção passiva pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
Ele foi denunciado em novembro de 2016 pela força-tarefa da Operação Lava Jato por receber um veículo Land Rover Defender 90 como propina em troca de favorecimento à empreiteira GDK, na licitação da Petrobras para execução de obras da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, no Espírito Santo.
Na mesma decisão, foram condenados o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, a três anos e onze meses em regime aberto por corrupção passiva, e o administrador da GDK César Roberto Santos de Oliveira, a quatro anos e cinco meses em regime semiaberto por corrupção ativa. O administrador da GDK José Paulo Santos Reis e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foram absolvidos.
Segundo a denúncia da Lava Jato, durante o ano de 2004, Duque fraudou a licitação de Cacimbas em favor da empresa GDK, que acabou vencedora do certame. Em troca, a empresa se comprometeu a pagar 1,5% do futuro contrato de R$ 469,3 milhões, o equivalente a R$ 7 milhões de propina.
Em novembro daquele ano, uma semana antes do início da concorrência, Silvio Pereira recebeu o veículo adquirido pela GDK, no valor de R$ 74 mil. Depois, quando o recebimento do veículo foi tornado público, o recurso de uma das empresas que disputava o certame da obra foi alterado, e a empresa Engevix venceu a licitação, também por pagamento de propina, de acordo com o MPF.
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