Marielle: missa tem homenagem a vítimas de Suzano e mãe "absolvendo" Witzel
Um ano depois da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, familiares e amigos se reuniram em uma missa em memória aos dois na Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro. O encontro foi marcado pelo perdão da mãe de Marielle, Marinete da Silva, ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que participou de um ato de campanha no qual o deputado Rodrigo Amorim (PSL) destruiu uma placa com o nome da vereadora.
O monsenhor Manuel Manangão, que celebrou a missa, também lembrou as vítimas do massacre de Suzano, ocorrido ontem na região metropolitana de São Paulo, e pediu orações para as vítimas de todas grandes tragédias dos últimos tempos.
Ontem, Witzel se reuniu com representantes da Anistia Internacional e familiares de Marielle em um encontro de esclarecimentos sobre os próximos passos das investigações sobre o caso. Na ocasião, ele pediu desculpas à mãe de Marielle pelo que ela definiu como uma "atitude insana".
"O governador prometeu seguir com as investigações. O mundo e o Brasil querem saber quem mandou matar e o porquê. Ele [Witzel] disse que não estava diretamente no ato de destruição da placa, a atitude de quem fez não foi uma atitude decente", relatou Marinete.
Mas o tamanho desta mulher não existe, ela transcende a tudo isso. Eu disse isso ao governador. O perdoei, mas não deixou de ser um ato insano. É por isso que eu continuo orando pela Marielle.
Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco
Marinete assistiu à missa ao lado do pai da vereadora, Antônio Francisco da Silva Neto. Eles se emocionaram quando as dez vítimas do massacre em Suzano, em São Paulo, foram citadas.
Gostaria de pedir solidariedade e rezas para as vítimas de ontem em São Paulo. Assim como rezamos por Marielle, precisamos nos solidarizar com todas as vítimas das tragédias dos nossos tempos. Vejo essas famílias e penso em como devem estar os familiares dessas crianças.
Monsenhor Manuel Manangão
O pai de Marielle mencionou a prisão de dois suspeitos envolvidos no assassinato da filha. "Minha filha não merecia o que fizeram com ela. Não diminui, mas ameniza a minha dor. Ver agente do estado nesse crime é inadmissível".
Ao fim da missa, amigos da vereadora puxaram o coro de "Marielle, presente! Anderson, presente!", no interior da igreja.
Familiares de Anderson Gomes não compareceram à cerimônia religiosa.
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