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Operação Lava Jato

Moraes defende que responsáveis por vazar mensagens de Moro sejam presos

Stella Borges

Do UOL, em São Paulo

17/06/2019 13h30

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), defendeu hoje que os responsáveis por vazar mensagens trocadas entre o ex-juiz federal e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força tarefa da Lava Jato, sejam presos.

Moraes argumentou que a autenticidade das mensagens precisa ser verificada e que elas não afetam a "importância histórica" da Lava Jato no combate à corrupção. O ministro deu uma rápida declaração sobre o assunto antes de palestrar em evento promovido pela emissora BandNews.

"No atual momento temos que, primeiro, rapidamente apurar e prender os criminosos que invadiram comunicações de agentes públicos, colocando em risco a própria segurança dessas pessoas. Em um segundo momento, a partir do conjunto das informações, poderemos tirar algumas conclusões", afirmou o ministro.

Moraes não é o primeiro integrante do STF a falar publicamente sobre os diálogos divulgados pelo site "The Intercept Brasil" na semana passada. Em entrevista à revista "Época", o ministro Gilmar Mendes disse que as conversas apontam que "quem operava a Lava Jato era o Moro" e chamou Dallagnol de "bobinho".

Gilmar afirmou ainda que, em sua avaliação, os diálogos podem anular a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex em Guarujá (SP).

O ministro Marco Aurélio Mello também adotou uma linha crítica ao falar sobre o assunto e ironizou as mensagens trocadas entre Moro e Dallagnol.

Já o ministro Luís Roberto Barroso, em entrevista à Globo News, criticou o que chamou de "euforia que tomou os corruptos e seus parceiros" ao comentar os vazamentos e argumentou que as conversas foram obtidas mediante ação criminosa.

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