Ex-presidente do Paraguai é alvo de desdobramento da Lava Jato
Ex-presidente do Paraguai, Horacio Cartes é um dos alvos da operação Patron, que está em curso na manhã de hoje e é um desdobramento da Operação Lava Jato. Até as 11h50, 11 suspeitos haviam sido presos (oito prisões preventivas —por período indeterminado— e três temporárias). Nove alvos de mandados se encontram no exterior.
A suspeita recai sobre a relação do ex-presidente paraguaio com o doleiro Dario Messer. Ao todo, a ação cumpre 16 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 18 de busca e apreensão em diversas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Horacio Cartes presidiu o Paraguai de 2013 a 2018. Em maio deste ano, o UOL noticiou que a Lava Jato mirava o Banco Amambay, hoje Banco Basa, que pertence à família do ex-presidente paraguaio.
Entre 2012 e 2016, remessas de dinheiro vivo foram "importadas" pelo banco Paulista da instituição paraguaia, e investigações apuram uma possível relação com o esquema de propinas desenvolvido entre a Odebrecht e o banco brasileiro.
Veja comunicado da Polícia Federal
A Polícia Federal deflagrou hoje (19/11) a Operação Patron, com a finalidade de reprimir os crimes de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, cometidos pelo núcleo que continuou as práticas criminosas para apoiar a fuga de um doleiro investigado, ocultando o foragido e seus bens.
Aproximadamente 100 policiais federais participam dessa ação, em parceria com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Foram cumpridos 37 mandados judiciais expedidos pela 7a Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, na Cidade do Rio de Janeiro e Armação dos Búzios, Grande São Paulo e Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. São 16 mandados de prisão preventiva, 3 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão.
Foi autorizada judicialmente a inclusão dos residentes no Paraguai e Estados Unidos da América na Difusão Vermelha da Interpol.
A investigação identificou cerca de US$ 20 milhões ocultados, sendo mais de US$ 17 milhões num banco nas Bahamas e o restante pulverizado no Paraguai entre doleiros, casas de câmbio, empresários, políticos e uma advogada.
*Com informações da Agência Estado
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