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Carol Sampaio, do Bloco da Favorita: "Prezo pelo funk do bem, sem palavrão"

A promoter Carol Sampaio - Divulgação
A promoter Carol Sampaio Imagem: Divulgação

23/02/2019 11h33

Se há um nome que abre (e fecha) portas no Rio de Janeiro, esse nome é Carol Sampaio. Hiperbem relacionada e muito benquista por celebridades, esportistas, empresários e políticos, a empresária e relações-públicas está envolvida nos eventos mais importantes e desejados do Brasil.

Baile do Copa? A lista é dela! Lollapalooza? Carol seleciona a dedo que vem vai curtir os shows. Rock in Rio? Carol é o caminho para se jogar no festival com todas as comodidades do mundo.

Carismática e com um "joie de vivre" que não se encontra facilmente por aí, Carol não poderia estar de fora da maior festa do Brasil: o Carnaval. Sócia do Nosso Camarote, espaço VIP na Marquês de Sapucaí, ela também espalha o espírito carnavalesco pelas ruas com o Bloco da Favorita, que acontece hoje em São Paulo e no dia 2 de março em Niterói.

Na entrevista abaixo, Carol fala dos bastidores do Carnaval.

UOL - O que o Bloco da Favorita trouxe de novo para o Carnaval?

Carol Sampaio - O Bloco nasceu da vontade que eu tinha de levar o clima do Baile da Favorita para as cidades que têm Carnaval de rua. O Baile e o Bloco da Favorita trouxeram o funk de volta para a cena do Carnaval. Conseguimos promover uma festa com alegria e alto-astral.

O funk ainda é muito associado à promiscuidade e até adrogas. Você sente algum tipo de preconceito?

Sempre tomei o maior cuidado com as músicas que tocam na festa. Eu nunca deixei cantar palavrão no Baile da Favorita. Sempre buscamos tocar o funk das antigas. A Favorita sempre se preocupou em não ter apologia. Eu prezo pelo funk do bem, sem palavrão, que faz a gente dançar.

Qual é o segredo para uma festa de Carnaval bombar?

Bar com bebida boa, boa música e um mix de pessoas que são alto-astral, que estão o tempo todos sorrindo e dançando. É importante ter convidados que dão retorno de mídia e ter uma área para relacionamento, que as pessoas possam se conhecer e até fazer negócios.

Envolvida em tantos eventos importantes, você já se deixou levar pelo ego? 

Não ter passado por isso é o meu maior orgulho. Eu sempre continuei a mesma menina que era jogadora de futebol e lutava de jiu-jítsu. O esporte me deu muita base do que é respeito com tudo e com todos. Eu sempre me coloco no lugar dos outros antes de realizar qualquer coisa. Valorizo todo o mundo. Meu garçom, por exemplo, passa Natal na minha casa com a família. Faço questão de convidá-lo para viver esse momento comigo. 

Quais são as melhores histórias de Carnaval?

Em 17 anos de Sapucaí, a gente vê de tudo. A gente vê casal se formando, casal separando e acontece muita coisa engraçada... Teve um ano em que a gente fez uma ala em homenagem aos mendigos na Grande Rio, e coloquei 200 amigos vestidos de mendigos no Camarote da Brahma. Depois do desfile, a galera foi tomar banho lá. Imagina a bagunça! Famoso também sempre rende histórias. Já tive que tirar minha mãe de um camarote para colocar ator e família. Mas o que acontecia com frequência era gente me oferecendo viagens internacionais em troca de convites. Brinco que se quisesse, teria conhecido o mundo com tudo pago às custas do Carnaval [risos]. Já me mandaram muitas joias também, mas sempre devolvi.

Você se prepara tanto quanto uma rainha de bateria para aguentar a maratona do Carnaval?

No ano passado, não me cuidei direito e fui parar no CTI. Desde outubro, estou fazendo acompanhamento médico para aguentar o tranco. Cortei glúten e açúcar, estou tomando bastante vitamina C e uma bateria de sucos verdes. Contratei uma chef que vem a cada 15 dias fazer pratos saudáveis e comida vegana. Esse ano, chego a 99% da minha energia.

O que falta para Carol conquistar?

Eu acho que tive uma cabeça muito boa para ir atrás dos meus sonhos. Quando eu olho para trás e vejo tudo oque conquistei, me dá vontade de tatuar gratidão. Queria fazer Copa do Mundo, eu fiz. Também fiz Olimpíada, levei o Baile da Favorita para Miami e vou levar para Toronto e Portugal. Trouxe o funk de volta à cena... Acho que não posso sonhar mais, não. A única coisa que posso querer agora é cuidar de mim, me dar atenção.