Força-tarefa da Lava Jato em SP critica suspensão de ação contra José Serra
A força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo divulgou nota hoje para criticar a suspensão do andamento da ação penal contra o senador José Serra (PSDB-SP) e a filha dele, Verônica Serra. Segundo o texto, a decisão é "indevida".
Na noite de ontem, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, acatou a um pedido da defesa do próprio José Serra e determinou a suspensão de duas investigações. Segundo os advogados de Serra, as operações Paralelo 23 e Revoada violam o foro especial ao investigar o senador durante seu mandato.
Em nota, a força-tarefa da Lava Jato demonstrou contrariedade com a decisão da Justiça — cautelarmente, o juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, decidiu hoje suspender também ação da Lava Jato que acusa o tucano de lavagem de dinheiro após a decisão tomada ontem por Toffoli.
Segundo os responsáveis pela operação, o processo envolvendo o senador não utiliza provas colhidas nas operações questionadas no Supremo.
Confira a nota na íntegra:
"A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal em São Paulo entende indevida a suspensão da ação penal instaurada ontem em face de José Serra e Veronica Serra. Em primeiro lugar, porque a decisão liminar proferida pelo ministro Dias Toffoli suspendeu, expressamente, apenas investigação pertinente à chamada operação Revoada, nada falando sobre a denúncia já oferecida, que deu origem à ação penal. Em segundo lugar, e mais importante, porque, como amplamente noticiado, a denúncia em questão foi oferecida no exato mesmo dia em que feitas as buscas questionadas pelo ministro, não tendo, portanto, se baseado em quaisquer elementos de prova cuja obtenção o ministro considerou indevida. A denúncia se baseou em diligências e provas anteriores, sem qualquer relação com as diligências objeto da reclamação julgada liminarmente, e está inteiramente preservada quanto a seus efeitos."
"A força-tarefa informa, assim, que adotará as providências cabíveis a fim de, oportunamente, retomar a ação penal instaurada."
"De qualquer modo, externa que entende a cautela do juízo, referida na decisão de suspensão, e acredita que ela deriva da grande controvérsia instalada pela liminar proferida na reclamação, a qual gerou e segue gerando dúvidas diversas, até quanto a seu alcance efetivo. Por isso, espera-se que a liminar seja levada com a urgência devida a julgamento colegiado pelo Supremo, em favor da resolução definitiva do caso, e da retomada das investigações e da ação, junto às autoridades que se mostrarem competentes."
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