Fim da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba causa preocupações, diz Deltan
O procurador Deltan Dallagnol, que liderou a Lava Jato em Curitiba de 2014, quando foi criada, até setembro de 2020, quando abriu mão do posto, disse que o fim da força-tarefa causa "preocupações" e enxerga a ação como uma mudança que ocorre em um "quadro de retrocessos no combate à corrupção".
"Tais mudanças ocorrem, infelizmente, dentro de um quadro de retrocessos no combate à corrupção, reconhecidos por organismos internacionais. É importante que a Procuradoria-Geral da República invista no reforço das equipes", afirmou Deltan em seu perfil no Twitter.
Com o fim da Lava Jato em Curitiba, principal braço da operação no Brasil, alguns integrantes da força-tarefa passaram a fazer parte do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) a partir de agora.
Com a mudança, o Gaeco passou a contar com nove membros da Lava Jato, sendo que cinco deles se dedicarão aos casos ainda pendentes da força-tarefa paranaense.
Outros dez membros foram designados para atuarem em casos específicos da operação, sem integrar o grupo e sem dedicação exclusiva, até 1º de outubro.
Sobre o remanejamento dos procuradores, Deltan disse que "inevitavelmente se ampliará o prazo de investigações e haverá o adiamento de operações, num contexto de mão de obra já insuficiente e em que os resultados dependem da eficiência dos trabalhos".
Já finalizando seu post no Twitter, Deltan parabenizou a força-tarefa, dizendo que a Lava Jato em Curitiba "se encerra como um modelo de sucesso em termos de responsabilização de corruptos, recuperação de dinheiro desviado e diagnóstico da macrocorrupção política brasileira".
"É necessário avançar mais, restabelecendo a prisão em segunda instância, extinguindo o foro privilegiado e promovendo reformas anticorrupção, o que dependerá, em última análise, da articulação da sociedade", concluiu.
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