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Operação Lava Jato

Dirceu se entrega à PF em Curitiba após decisão da segunda instância

O ex ministro José Dirceu chega na sede da Polícia Federal em Curitiba - EDUARDO MATYSIAK/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex ministro José Dirceu chega na sede da Polícia Federal em Curitiba Imagem: EDUARDO MATYSIAK/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

17/05/2019 21h52

Com mais de cinco horas de atraso, José Dirceu (PT) entregou-se por volta das 21h20 de hoje na sede da PF (Polícia Federal) em Curitiba para cumprir pena no processo no qual foi condenado na Operação Lava Jato.

A defesa disse que um acidente na rodovia BR-116 fez com que o ex-ministro não cumprisse o prazo determinado pelo juiz federal Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Dirceu deveria ter se apresentado até as 16h de hoje.

Ele viajou de Brasília para Curitiba de carro, acompanhado de seu advogado, Roberto Podval.

Ontem, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) negou um último recurso do ex-ministro na segunda instância contra a sentença.

Dirceu foi condenado em março de 2017 pelo então titular da 13ª Vara, Sergio Moro, atual ministro da Justiça, a 11 anos e três meses de prisão por receber cerca de R$ 2 milhões em propinas ligadas a contratos da Petrobras entre 2009 e 2012. O TRF-4 diminuiu a pena para oito anos e dez meses.

O ex-ministro já chegou a ficar preso, em Brasília, entre maio e junho de 2018 em razão de uma outra condenação na Lava Jato, cuja pena é de 30 anos, noves meses e dias de prisão. Ele, porém, foi solto por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em junho do ano passado, a 2ª Turma da Corte determinou que Dirceu deveria ficar em liberdade a respeito desse processo enquanto restassem recursos para julgamento. O argumento é que haveria possibilidade de sucesso das ações contra a condenação nos tribunais superiores.

A decisão do Supremo, contudo, não tem efeitos sobre a nova prisão do ex-ministro.

Antes das condenações, Dirceu ficou preso preventivamente entre 2015 e 2017 em Curitiba também em razão de condenações na Lava Jato. Ele foi libertado em razão de uma outra decisão do STF.

Dirceu também esteve preso entre novembro de 2013 e novembro de 2014 em razão de sua condenação no processo do mensalão.

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