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Caso Marielle

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Sem evidências, Bolsonaro diz que Witzel atuou para manipular caso Marielle

Bolsonaro em moto durante passeio em Brasília - Guilherme Mazieiro/UOL
Bolsonaro em moto durante passeio em Brasília Imagem: Guilherme Mazieiro/UOL

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

02/11/2019 14h20

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) acusou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de ter interferido e manipulado na investigação sobre o assassinato da ex-vereador Marielle Franco (PSOL). Bolsonaro disse que tem convicções de que Witzel agiu "para botar meu nome lá dentro [da investigação]".

"A minha convicção é de que ele agiu no processo para botar meu nome lá dentro. Espero agora que não queiram jogar para cima do colo do porteiro.

Pode até ser que ele seja responsável, mas não podemos deixar de analisar a participação do governador. Como é que pode um delegado da Polícia Civil ter acesso às gravações da secretária eletrônica? Dado o depoimento do porteiro? Será que não teve a capacidade: 'onde estaria o deputado numa quarta-feira?' ", questionou.

Ao ser perguntado por repórteres como o governador interferiu no caso, Bolsonaro deu declarações vagas e disse que Witzel "manipula" o processo. "[Ele manipula] o próprio processo em si, do porteiro", declarou.

Durante a semana, Bolsonaro disse que no aniversário do ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Conta da União, no dia 9 de outubro, o governador fluminense contou-lhe sobre a vinculação de seu nome às investigações de Marielle.

"Quem está por trás disso? Eu não tenho dúvida: governador Witzel, que só se elegeu graças ao meu filho, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que colou nele o tempo todo. Chegando, um mês depois virou nosso inimigo. Começou a usar a máquina do estado para perseguir o Flávio, o Carlos [vereador e filho do presidente] agora também, o Hélio Negão [deputado federal], tudo quanto é amigo meu tão sendo investigados agora lá no Rio de Janeiro", disse.

O presidente deixou o Palácio do Alvorada neste sábado (02), para retirar uma motocicleta Honda NC 750x, que custa R$ 33.980, segundo a montadora. Ele disse que pagou do próprio bolso.

"Eu vim comprar isso daí [uma motocicleta], não sei se no futuro eu vou poder usar a moto fora porque o risco de ... é muito grande. Não como o de um piloto normal, mas de gente que não gosta da gente, gente que como grande parte… por exemplo, sistema Globo. Acabou a mamata", declarou após retirar uma motocicleta em Brasília.

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