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Florestas fragmentadas aceleram extinção de mamíferos, mostra pesquisa

Do UOL, em São Paulo

26/09/2013 15h00

Quando se trata de desmatamento e dizimação de áreas verdes é melhor que reste uma pequena floresta do que nada, certo? Nem tanto.

Um estudo conduzido por pesquisadores de diversas universidades pelo mundo --entre elas, Universidade da Califórnia, Universidade Nacional de Cingapura e Universidade de Adelaide-- chegou à conclusão de que para os mamíferos a sobra de um fragmento de floresta não é um bom cenário, já que esses ambientes podem, na verdade, acelerar a extinção dos bichos que ali habitam.

O estudo, publicado na Science,  analisou uma reserva localizada na Tailândia que foi palco de inundações entre 1986 e 1987, criando cem áreas de floresta fragmentada.

Eles catalogaram todas as espécies que habitavam essas áreas em duas ocasiões: de 5 a 7 anos após as inundações e, depois, de 25 a 26 anos mais tarde.

Assim, descobriram que, em cinco anos após a formação das florestas fragmentadas , quase todas as espécies de pequenos mamíferos haviam sido extintas nas florestas menores do que 10 hectares. Já nas florestas maiores, levou-se 25 anos para o desaparecimento das espécies. 

Ou seja: o ambiente menor levou a uma extinção mais veloz das espécies, acelerando seu desaparecimento.

Biodiversidade sustentável

A culpa seria de uma única espécie invasiva, que demonstrou êxito nas florestas fragmentadas: o rato malasiano do campo (Rattus tiomanicus). Esse animal não ocorre naturalmente na região e é conhecido por existir primordialmente em áreas ocupadas por humanos, em vilarejos.

A conclusão do estudo aponta que apesar de as florestas fragmentadas terem sua importância na conservação ambiental, suas dimensões menores se mostram favoráveis à atuação de espécies invasivas e à extinção de espécies animais nativas.

A única forma de manter uma biodiversidade tropical sustentável, é, segundo os pesquisadores, a preservação de largas porções de mata.