Ativista ucraniano reaparece e diz ter sido sequestrado e crucificado
Um dos líderes do grupo de manifestantes contrários ao governo ucraniano apareceu nesta sexta-feira (31) em um canal de TV local após ter ficado uma semana desaparecido.
Dmytro Bulatov, 35, estava bastante machucado, com ferimentos no rosto e nas mãos. O ativista contou que foi sequestrado, torturado e chegou até a ser crucificado no cativeiro.
"Eles me crucificaram e pregaram minha mão. Meu rosto foi ferido e cheguei a ter minha orelha cortada", contou. "Não tem um só lugar no meu corpo que esteja bem. Mas, no todo, eu estou vivo, graças a Deus."
Após a aparição no canal 5, Bulatov foi levado a um hospital. O ativista, líder de várias carreatas que levaram centenas de veículos para protestar na frente das casas de líderes ucranianos, desapareceu no último dia 23 de janeiro.
No dia 29 de dezembro, Bulatov liderou um grupo de 2.000 carros que protestaram em frente a residência do presidente Viktor Yanukovich em Mezhyhirya, nos arredores de Kiev.
A polícia investigou os líderes do movimento, chamado de "AutoMaidan", e chegou a deter 20 pessoas.
O líder da oposição, o boxeador Vitaly Klitschko, visitou Bulatov no hospital. "O que foi feito com Dmytro foi um ato para assustar os cidadãos que protestam", afirmou.
Um amigo de Bulatov contou que o manifestante não foi alimentado no cativeiro e foi largado em uma floresta. (Com Reuters)
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