Guarda costeira russa para navio do Greenpeace que protestava no Ártico
Membros da Guarda Costeira russa subiram a bordo do navio quebra-gelo do Greenpeace, que entrou no Ártico para protestar contra a exploração de petróleo neste frágil ecossistema, denunciou a ONG.
Em desafio às autoridades russas, o navio Artic Sunrise entrou na Rota do Mar do Norte no último sábado (24) para protestar contra o projeto de perfuração da principal petroleira russa Rosneft e de seu sócio norte-americano ExxonMobil, que pretendem fazer prospecções perto do Parque Nacional Ártico Russo, segundo a ONG de defesa ambiental.
Os testes sísmicos são perigosos para os mamíferos do Ártico, pois a frequência de sinais interfere nos sons emitidos pelos animais. Uma baleia que está a 500 metros da fonte do sinal pode perder a audição, e uma que estiver mais perto, a 150 metros do sinal, pode até morrer.
O ministério russo dos Transportes acusa a tripulação do Artic Sunshine, que tem bandeira holandesa, de violar as leis russas e internacionais. A ONG, no entanto, classificou a reação da Rússia de tentativa de reprimir uma manifestação pacífica.
Protesto na Fórmula 1
No domingo (25), o Greenpeace invadiu o Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1, em Spa-Francorchamps, para protestar contra os projetos de perfuração no Ártico.
Antes do início da corrida, seis membros, que chegaram de parapente a motor, pregaram um cartaz de vários metros de altura na parte superior da arquibancada principal. Outros dois ativistas que estavam no Paddock Club, lugar de recepção dos convidados, chamaram a atenção quando conseguiram alcançar, depois de fazer um rapel, a área do pódio, informou a AFP. A dupla segurava um pequeno cartaz onde lia-se: "Parabéns, agora nos ajudem a salvar o Ártico".
O Greenpeace diz que a ação se manifestou contra os projetos de perfuração do Ártico da petroleira Shell, sócia da escuderia Ferrari e principal patrocinadora do GP da Bélgica, vencido pelo alemão Sebastian Vettel, da Red Bull.
Vários membros chegaram a ser detidos, mas foram liberados pela polícia em seguida. Segundo a ONG de defesa ambiental, 35 de seus membros invadiram de diversas maneiras o circuito de F-1: os dois ativistas que entraram no Paddock Club, por exemplo, tiveram que pagar 3.400 euros para ter acesso ao terraço. (Com informações da AFP)
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