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Inundações e terremotos podem afetar 588 milhões nas cidades

Em Zurique (Suíça)

20/09/2013 11h51

As inundações e os terremotos são os desastres naturais que representam o maior risco para os habitantes de todo o mundo, de acordo com um estudo realizado pela seguradora suíça Swiss Re.

Esta pesquisa mostra que 308 milhões de pessoas poderiam ser afetadas por grandes inundações devido ao aumento dos níveis de água nos rios, indicou o grupo suíço em um comunicado. Cerca de 280 milhões de pessoas poderiam ser atingidas por terremotos severos.

Este estudo, que abrange 616 centros urbanos em todo o mundo, avalia os riscos ligados a cinco tipos de desastres naturais, incluindo tsunamis e tempestades. Estabelece uma distinção entre o impacto humano, o número de dias de trabalho perdidos e o impacto da perda de produtividade na economia nacional.

Segundo o modelo da Swiss Re, as cidades da Ásia são as mais vulneráveis a nível humano. Na região de Tóquio - com Yokohama à frente - até 29 milhões de pessoas podem ser atingidas por terremotos. Tóquio-Yokohama também alcança o topo do ranking em termos de dias de trabalho perdidos, seguido por Osaka-Kobe e Nagoya.

A região de Amsterdã-Rotterdã (Holanda) está em quinto lugar entre as cidades potencialmente mais expostas em termos de perda de produtividade, enquanto Los Angeles e Nova York (EUA) estão, respectivamente, em sexto e sétimo lugar. Paris (França) ocupa a nona posição.

Quando a infraestrutura de uma cidade é danificada, a ponto de as pessoas não poderem ir para o trabalho, desastres naturais podem afetar de forma significativa a economia local e nacional.

De acordo com este estudo, um terremoto devastador em Los Angeles (EUA) poderia afetar tantas pessoas quanto em Jacarta (Indonésia), mas a queda no valor devido aos dias de trabalho perdidos seria 25 vezes maior.

Em algumas regiões, um desastre natural pode ter consequências graves para a economia nacional, mesmo quando o impacto se limita ao nível da própria cidade.

Este é o caso, por exemplo, de Lima, no Peru, mas também em cidades menores, como San José, na Costa Rica, que são os principais centros de produção desses países

Para a Swiss Re, o estudo destaca a necessidade de entender o que faz as cidades mais resilientes e quais decisões devem ser tomadas nos quesitos investimento e infraestrutura, com o objetivo de reduzir as perdas humanas e econômicas.

Atualmente, 1,7 bilhão de pessoas vivem em centros urbanos, o que representa cerca de um quarto da população mundial. Em 2050, cerca de 6,3 bilhões de pessoas poderão viver na cidade.