'Não posso viajar': por que promotor virou alvo do PCC ao lado de Moro
Potencial alvo de ataques do PCC junto ao ex-juiz Sergio Moro, Lincoln Gakiya é promotor de justiça do estado de São Paulo e tido como um dos principais nomes de combate ao crime organizado no Brasil.
Lincoln Gakiya atua em Presidente Prudente, no interior do estado, cidade que sedia um dos principais presídios de segurança máxima do país. Segundo seu perfil no Linkedin, ele está na função desde dezembro de 1991. Gakiya também integra o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), órgão subordinado ao MP-SP.
Quem é Lincoln Gakiya?
- Responsável por transferir chefes da facção, como Marcola, para presídios federais
- Teria sentença de morte determinada pelo tribunal do crime do PCC
- Vive sob escolta e vigilância desde dezembro de 2018, após ameaças
"Não posso viajar, ir a bares ou restaurantes. Na maioria das vezes, acabamos ficando em casa", disse Gakiya em entrevista ao portal Conjur, no ano passado, quando tinha 55 anos. Ele é casado e pai de dois filhos.
Alvo do PCC
Em dezembro de 2022, o já preso Alexandre Deomiro dos Santos foi condenado a seis anos e seis meses por ameaçar Gakiya de morte. Ele teria entregado a um funcionário da Penitenciária de Presidente Venceslau um bilhete com ameaças direcionadas ao promotor.
Na última semana, Gakiya afirmou que o PCC já atingiu o status de máfia, em entrevista ao Brasil Urgente, da Band. Segundo ele, o que faltava para o PCC se tornar uma organização mafiosa era a lavagem de dinheiro no exterior, o que já vem acontecendo. Somente em São Paulo, existem vários processos contra integrantes do grupo envolvidos na atividade.
Sobre a operação
A Polícia Federal cumpre, na manhã de hoje, ações com o objetivo de desarticular um plano da facção criminosa que pretendia realizar ataques contra autoridades, como o atual senador Sergio Moro e o próprio Gakiya.
Vinte e quatro mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta manhã, além de sete de prisão preventiva e quatro de temporária. Os estados alvos são Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná. Pelo menos nove já foram presos e dois estão foragidos.
De acordo com a PF, "o objetivo é desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro".
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