Reserva na Malásia perde 14 elefantes após envenenamento
Restos de um elefante-pigmeu-de-Bornéu, espécie ameaçada de extinção, foram encontrados na última quarta-feira (30), elevando para 14 o número de animais mortos em uma reserva na Malásia, informou nesta quinta-feira (31) Laurentius Ambu, diretor do Escritório de Fauna de Sabah, no norte da ilha de Bornéu.
Os maiores temores se centram, agora, na sobrevivência de um filhote de três meses que ficou órfão - a imagem dele tentando, em vão, acordar a mãe morta comoveu a região.
O pequeno animal perdeu peso muito rápido, ressaltaram os defensores dos animais, e foi retirado da Florestal Gunung Rara para ser tratado no zoológico Lok Kawi, em Kota Kinabalu.
Os responsáveis suspeitam que os elefantes foram envenenados, provavelmente, por substâncias usadas nas plantações de palmeiras de óleo para impedir que os animais comam os frutos.
As autoridades não descartam que outros elefantes também estejam mortos, já que esta espécie vive normalmente em grupos de 50 a 60 animais. Masidi Manjun, ministro malásio do Meio Ambiente, prometeu penas de prisão para os culpados.
A organização WWF-Malásia apontou o grande desmatamento em Bornéu, para abrir espaço às palmeiras de óleo, como a origem do problema. Segundo eles, ao reduzir o habitat natural dos elefantes, os animais precisam competir contra o homem.
Existem apenas 1.200 elefantes-pigmeus-de-Bornéu em liberdade, afirma a organização ambiental.
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