Expedição russa chega de caminhão ao polo Norte
Sete exploradores russos a bordo de dois caminhões adaptados ao gelo do Ártico chegaram ao polo Norte no último dia 6, rumo a Resolute Bay, região do Canadá, anunciou a embaixada russa em Ottawa.
A equipe Live Marine Ice-Automobile Expedition repetiu sua façanha de 2009, até então inédita na história da exploração do Ártico, segundo nota da embaixada divulgada nesta quarta-feira (10).
Os sete homens, liderados por Vasily Ielaguine, partiram no início de março do arquipélago russo de Severnaya Zemla, a cerca 2.000 quilômetros do polo Norte.
Para a aventura, foram usados veículos Yemelya 3 e Yemelya 4 - caminhões 6x6 com reboque, projetados e construídos pelos próprios membros da equipe. De acordo com a embaixada, as reservas de combustível diesel devem possibilitar a segunda parte da viagem sem necessidade de reabastecimento.
Depois de alguns dias de descanso, o grupo seguirá para Resolute Bay, na ilha Cornwallis, que fica a 1.700 km ao sul do polo Norte em linha reta, disse Barbara Dronova, diplomata russa no Canadá.
O comunicado da embaixada não especifica o tempo de duração da viagem, mas um documento da expedição informa que o grupo deve chegar no final de maio à América do Norte.
Ativistas do Greenpeace
Outro grupo também está fazendo uma viagem rumo ao extremo Norte do planeta nesta semana, mas, desta vez, todos seguem a pé. A expedição Save the Artic (Salve o Ártico, em inglês) desembarcou na base russa de Barneo na última segunda-feira (8) com objetivo de chegar ao polo Norte com uma cápsula projetada especialmente para inflar uma bandeira no fundo do mar, a 4,3 quilômetros de profundidade.
Dezesseis jovens - sendo quatro embaixadores internacionais do Ártico, incluindo o ator norte-americano Ezra Miller - reivindicam à comunidade internacional uma declaração que a região deve ser preservada e reconhecida como um santuário global. Eles pretendem chegar ao destino até o fim de semana, mas o vento está atrapalhando os planos do grupo.
No terceiro dia da missão, os jovens ativistas caminharam cerca de 11 quilômetros, mas o vento os carregou de volta, aumentando a distância: na saída, eles estavam a 25 quilômetros do polo Norte, mas à noite, quando montaram o acampamento, eles estavam a apenas 19 quilômetros. (Com informações da AFP)
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