Bardot ameaça se nacionalizar russa caso a França não salve 2 elefantes
A atriz francesa Brigitte Bardot, conhecida também por ser defensora dos animais, anunciou nesta sexta-feira (4) sua intenção de pedir a nacionalidade russa diante da decisão de autoridades da França de aplicar a eutanásia a dois elefantes em Lyon.
"Tomei a decisão de pedir a nacionalidade russa para fugir deste país que não é mais que um cemitério de animais", afirmou Bardot em comunicado de sua fundação.
A atriz criticou "a covardia e a imoralidade" dos "que têm o poder" e decidiram "matar os elefantes Baby e Nepal, apesar das várias propostas enviadas pela minha fundação" para salvá-los. As autoridades alegam que a decisão tem relação com a intenção de evitar uma propagação de tuberculose.
Na última terça-feira (1º), a atriz já havia se dirigido em carta pública ao presidente francês, François Hollande, para que se impedisse a eutanásia desses dois animais, propriedade do circo Pinder e que se encontram no parque da Tête d'Or de Lyon, "potencialmente tuberculosos".
O governador da região decidiu, no mesmo dia, suspender o sacrifício dos elefantes à espera de que o Conselho de Estado se pronuncie. A eutanásia havia sido decretada pelo Tribunal Administrativo de Lyon, diante da situação de saúde em que se encontravam.
A atriz, que criticou o lugar onde os animais foram confinados "após haver sido explorados em condições escandalosas pelo circo Pinder", garantiu que sua fundação cuidasse deles, como fez com outros animais.
Caso de Depardieu
A reivindicação de nacionalidade russa de Bardot acontece depois da polêmica gerada por Gérard Depardieu, que a obteve por um procedimento especial do presidente russo, Vladimir Putin, após ter transferido sua residência fiscal à Bélgica para se beneficiar de um tratamento mais propício aos milionários, como é o caso dele.
O ator francês - que deixou o país para evitar um novo imposto para ricos que a França quer instaurar - se queixou em dezembro do tratamento recebido do governo, em particular o do primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, e disse que entregava seu passaporte e seu cartão de saúde. O premiê, em resposta, classificou o exílio fiscal de Depardieu como "desprezível".
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